Aprender com o passado
- Rafael Marques Barboza
- 8 de jul. de 2020
- 2 min de leitura

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"A maioria das indústrias criativas aprende com sua história - por que a publicidade não?" – Richard Shotton
Segundo Dave Trott, "nosso negócio está obcecado com o novo. Não pode distinguir entre mudança e melhoria." Isso ocorre uma vez que: "Novo = Bom. Antigo = Ruim."
Mas isso não é verdade. Nem sempre o novo é bom ou melhor que o antigo. Por isso, Trott levanta algumas questões importantes para refletirmos. Vamos lá!
– Damien Hirst é melhor do que Picasso?
– James Blunt é melhor do que Elvis?
– Lewis Hamilton é melhor do que Jackie Stewart?
– Andy Murray é melhor do que John McEnroe?
É claro que não. Nenhum é melhor do que o outro. Na verdade, como disse Kobe Bryant, "não há uma jogada que seja uma jogada nova". É sempre uma espécie de cópia ou roubo de tudo aquilo que já existiu.
Ok? Ok.
Mas o que exatamente alguém pode aprender com o passado?
Bom, Mike Tyson, assistia os filmes do homem que ele mais aprendeu: Jack Dempsey, campeão mundial na década de 1920.
"Paul Gascoigne costumava estudar os movimentos de Johann Cruyff para aprender coisas que nenhum de seus contemporâneos poderia ensinar", conta Trott.
A lista poderia continuar, mas acho que você já entendeu.
E na indústria da comunicação, com quem podemos aprender?
Paul Arden, Bill Bernbach, Helmut Krone, Washington Olivetto, Nizan Guanaes, Shirley Polykoff, Phyllis Robinson... Quem mais? Me ajude.
"O que torna nosso negócio mais trivial do que qualquer outra forma de criatividade é que não estamos tentando aproveitar o que foi antes", escreveu Trott. "Estamos ansiosos para chegar ao mais recente artifício tecnológico antes de mais ninguém. Eu acho que essa atitude barateia o que fazemos. Confundimos ser o primeiro com criatividade. Confundimos 'novo' com 'melhor'."
"Se eu vi mais longe, foi por estar sobre ombros de gigantes."
– Isaac Newton
Esse texto foi inspirado em STYLE V DESIGN de Dave Trott.
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