Concordo plenamente. Ontem mesmo eu pensava nisso: quem sou eu? Às vezes, sinto como se estivesse fingindo ser outra pessoa. E por que eu faria isso? Sei lá. Para impressionar alguém? Acho que não. Para me sentir parte de algo ou pertencer a um grupo? Talvez. Ou talvez porque eu tenha medo do que as pessoas pensem de mim quando descobrirem quem eu sou de verdade. E quem eu sou de verdade?
Não importa. Agora está chovendo tão forte que posso ouvir o som dos pingos de chuva caindo sobre o telhado. O telhado é forte. Eu também. Mas não se trata de força. Trata-se de paciência. É sobre esperar a chuva passar. A chuva é importante. Aprendo com ela. A chuva que molha a terra também a lava e purifica as plantas. As plantas ganham vida novamente. A terra sente-se renovada.
Ontem, comecei a ler Clarice. Hoje, acordei cedo e entusiasmado para escrever. Sentei-me em frente ao computador e me perguntei: se eu fosse eu, como seria?
Não sei. Ainda estou buscando as respostas.