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  • Rafael Marques Barboza

Eu gosto de livros


Eu gosto de livros. Bastante. Mas, nem sempre foi assim. Acho que tive um pouco de sorte, por assim dizer, de pegar o gosto pela leitura antes que fosse tarde demais. Não que eu ache que exista um tempo exatamente certo para isso, mas volta e meia pego-me pensando em todo o tempo que perdi não lendo algum bom livro.


"Muitos homens iniciaram uma nova era na sua vida a partir da leitura de um livro", escreveu Henry David Thoreau.


Eu concordo plenamente com Thoreau. Pude sentir isso em minha própria pele, em minha própria vida.


"Um livro deve ser o machado que quebra o mar gelado em nós", disse Franz Kafka.


Muitos livros nos fazem ver coisas, sentir coisas que jamais poderíamos ver ou sentir antes de lê-los. Eles de fato quebram o mar gelado em nós, revelando o que há de mais profundo no oceano.


"Não há melhor fragata que um livro para nos levar a terras distantes", escreveu Emily Dickinson.


"Livros são pequenos pedaços portáteis e divertidos de pensamento", disse Susan Sontag.


Os livros sempre abrem espaço para que possamos navegar pelo novo. É por isso que Borges afirma que "nunca se lê 2 vezes o mesmo livro".


"Ler um livro é para o bom leitor conhecer a pessoa e o modo de pensar de alguém que lhe é estranho. É procurar compreendê-lo e, sempre que possível, fazer dele um amigo", escreveu Hermann Hesse.


Adoro isso. Talvez essa seja a parte mais interessante da leitura como um todo: conhecer e conversar com o autor; compreender o seu modo de pensar em cada linha, em cada verso, em cada parágrafo que se completa; identificar suas dores e desafios; descobrir, por meio de sua narrativa, o que o levou a chegar onde ele chegou e na história que ele dedicou-se a contar.


Acho que no fundo é pouco sobre isso.

Eu gosto de livros. Bastante.

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