- 6 de mai. de 2020
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Algumas semanas atrás, eu fiz esse desenho de contorno cego no meu diário. Pode parecer um pouco demorado da minha parte, mas só agora, eu notei o quanto eu gosto de desenhar ouvindo música. Em especial, música eletrônica. Às vezes, música clássica.
Há uma coisa em comum entre o desenho e a música. Essa coisa chama-se ritmo. Note que desenhar tem um ritmo. Você coloca o lápis no papel e ao manuseá-lo sobre tal, uma linha, um ponto, um traço, o que quer que seja ganha vida sobre a folha. Torna-se tangÃvel. Em dado momento, essa linha encontra outra e outra e dá um ritmo para o trabalho. Claro que quem dita o ritmo somos nós. Porém, e quando ainda não temos um ritmo próprio? Então, é preciso encontrá-lo.
Da mesma forma, embora diferente, toda música tem um ritmo. Um nota encontra outra e outra e o ritmo se dá. Para Paulo Caruso, “a música é o desenho pra cego. Ela tem uma outra linguagem, uma outra capacidade de informar a respeito dos acordes e da sonoridade."
Quando você une as duas coisas, desenho e música, isso funciona como uma espécie de terapia. É uma combinação de arte que vale a pena cultivar.