- 23 de mai. de 2020
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Foto: @opoemaensinaacair
Aqui está um poema de Daniel Faria que compartilhei no Twitter, na semana retrasada. Gosto dele porque é simples, direto e otimista. "Seja o que for, será bom", não importa o que aconteça. Mesmo que algo ruim me afete, em alguma medida, isso será bom. Porque tudo é aprendizado.
"Ninguém sai da vida tal como entrou."
– Epicuro
Essa é uma visão estoica, sem dúvida. E me fez lembrar de duas coisas: a primeira é o livro Aprendendo a Viver do Sêneca, que terminei de ler recentemente; a segunda é uma entrevista da Matilde Campilho para a série Sangue Latino.
No episódio 128 de Sangue Latino, o jornalista Eric Nepomuceno entrevista a poetisa Matilde Campilho. Então, em dado momento da entrevista, ele pergunta a ela o seguinte: "como é que você lida com o erro?" E ela responde algo que é fascinante:
"O erro... eu acho mesmo que o erro é construção. Ontem mesmo eu pensava nisso. Se alguma coisa se atravessa no meu caminho, isso destrói a construção ou é parte dela?"
Hoje, eu acho que é parte dela. O erro é parte da construção. No entanto, muitas vezes, sinto que é difícil aceitar o erro. Eu não quero errar. Quem quer? Ninguém. Matilde continua:
"Nos últimos anos da minha vida, olhando para trás, sempre que aconteceu o erro, houve uma renovação da história. Houve um começo novo e depois quando a gente olha outra vez, não é exatamente um começo novo, aquilo era uma vírgula e era necessária."
O erro é como uma vírgula necessária. Uma pausa para dar sentido ao texto. O erro faz parte do processo de aprendizagem. Geralmente, depois que você erra, você aprende. Assim como, depois da chuva vem o sol.