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  • 18 de mar. de 2024
  • 1 min de leitura


O que houve com o tempo?

De repente, tudo se acelerou.

As horas parecem passar em minutos.

Os dias parecem passar em horas.

Ainda ontem, eu estava bem aqui,

trabalhando, trabalhando e trabalhando.

Eu nem vi a hora passar.

Mas agora, outro dia acabou, levando suas 24 horas embora, ou deveria dizer seus 1440 minutos?

Não importa, pois o tempo é o mesmo que sempre foi.

O que mudou foi a nossa percepção sobre ele.

Scott Galloway disse que "o tempo tem uma característica estranha: ele é ao mesmo tempo rápido e devagar."

A verdade é que há tempo pra tudo e há tempo pra nada.

Mas, ultimamente, o tempo tem sido dividido somente pra tudo e nenhum pouco pra nada.

Nem o tempo dura muito tempo,

porque até o tempo se esgotou do tempo.

Dá pra acreditar?

O tempo teve um burnout porque teve pouco tempo para administrar seu trabalho de controlar o tempo.

Então, o tempo mudou,

como o tempo sempre faz.

O tempo muda o tempo todo.

Hora é tempo de chuva.

Hora é tempo de sol.

Os tempos mudam a nossa maneira de nos relacionarmos com o tempo.

E, de alguma forma, tudo na vida demanda tempo.

Tempo pra amar.

Tempo pra sorrir.

Tempo pra brincar.

E também o tempo pra dar tempo ao tempo.

Mas já chega,

porque o despertador soou aqui.

O tempo da palavra acabou.

  • 22 de out. de 2023
  • 1 min de leitura

Agora que terminei de limpar algumas coisas aqui em casa e já levei a Lolla para passear três vezes, posso me sentar e tentar escrever.

Meu Deus, como eu gostaria de escrever mais, porém sempre há algo mais urgente para fazer.

Sempre tem um trabalho na pauta.

Sempre tem outro compromisso.

Steven Pressfield chamaria isso de Resistência.


"A Resistência é a força mais tóxica do planeta. Causa mais infelicidade que a pobreza, a doença, a disfunção erétil. Ceder à Resistência deforma o espírito. Ela nos paralisa, faz de nós menos do que somos e do que nascemos para ser."


É assim que eu me sinto: paralisado. Então, busco energia para fazer o que precisa ser feito, mas a sensação de coisas a fazer é infinita.

Meu vizinho disse esses dias para mim: "Mas você só trabalha".

Eu respondi que gosto do trabalho e consigo conciliá-lo com as outras tarefas.

Porém, a verdade é que estou definitivamente tentando equilibrar os pratinhos.

Estou tentando ser uma pessoa de performance ao mesmo tempo em que construo relacionamentos com as pessoas ao meu redor.

Não é fácil.

Além disso, o dia hoje foi bem estranho.

Consegui fazer algumas coisas que tinha que fazer.

Tentei realizar outras tarefas que precisava fazer, mas não consegui.

A Lolla machucou a patinha em um dos nossos passeios (mas agora ela já está bem).

E o Inter venceu o Santos por 7 x 1.

São muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo. Acho que não preciso dizer mais nada. Estou lutando contra a Resistência. Nos vemos em breve.

  • 19 de set. de 2020
  • 2 min de leitura

São tempos esquisitos. Sentimo-nos ansiosos, tristes e preocupados. O amanhã mostra-se cada vez mais incerto. Tudo muda em uma velocidade exponencial. Não conseguimos acompanhar todas as mudanças. Era para conseguirmos? Nossa saúde está por um fio. De quem é a culpa? Nas redes sociais, o tempo todo, comparamo-nos uns com os outros. Em busca de aprovação, mais uma vez, sentimo-nos tristes. No trabalho, nossa carreira parece confusa. Às vezes, não temos certeza do que estamos fazendo. Deveríamos ter? O senso comum diz que vivemos um novo normal. A realidade diz que vivemos uma pandemia, uma crise política e econômica. Nossos amigos estão longe. Nossos familiares estão afastados. Pessoas perderam seus empregos. Pessoas perderam suas vidas. Não conseguimos nos abraçar e contar nossas angústias. Live não é festa. Chamada de vídeo não é abraço. Virtual não é vida real. E o que podemos fazer? A melhor coisa que podemos fazer é respirar fundo e seguir em frente.


“Siga em frente trabalhando. Siga em frente brincando. Siga em frente desenhando. Siga em frente olhando. Siga em frente ouvindo. Siga em frente pensando. Siga em frente sonhando. Siga em frente cantando. Siga em frente dançando. Siga em frente pintando. Siga em frente esculpindo. Siga em frente projetando. Siga em frente compondo. Siga em frente atuando. Siga em frente cozinhando. Siga em frente procurando. Siga em frente caminhando. Siga em frente explorando. Siga em frente doando. Siga em frente vivendo. Siga em frente prestando atenção. Siga em frente com seus próprios verbos, quaisquer que sejam. Siga em frente”, escreveu Austin Kleon.


Gosto de pensar que depois da chuva sempre vem o sol. Amanhã será um novo dia. E, novamente, poderemos seguir em frente.


P.S.: escrevi este texto porque precisava colocá-lo para fora e lê-lo. Essa é a verdade. Precisava dizer para mim mesmo que vai ficar tudo bem. Além disso, na maioria da vezes, "eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém, provavelmente a minha própria vida", disse Clarice Lispector.

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