Eu gosto de livros. Bastante. Mas, nem sempre foi assim. Acho que tive um pouco de sorte, por assim dizer, de pegar o gosto pela leitura antes que fosse tarde demais. Não que eu ache que exista um tempo exatamente certo para isso, mas volta e meia pego-me pensando em todo o tempo que perdi não lendo algum bom livro.
"Muitos homens iniciaram uma nova era na sua vida a partir da leitura de um livro", escreveu Henry David Thoreau.
Eu concordo plenamente com Thoreau. Pude sentir isso em minha própria pele, em minha própria vida.
"Um livro deve ser o machado que quebra o mar gelado em nós", disse Franz Kafka.
Muitos livros nos fazem ver coisas, sentir coisas que jamais poderíamos ver ou sentir antes de lê-los. Eles de fato quebram o mar gelado em nós, revelando o que há de mais profundo no oceano.
"Não há melhor fragata que um livro para nos levar a terras distantes", escreveu Emily Dickinson.
"Livros são pequenos pedaços portáteis e divertidos de pensamento", disse Susan Sontag.
Os livros sempre abrem espaço para que possamos navegar pelo novo. É por isso que Borges afirma que "nunca se lê 2 vezes o mesmo livro".
"Ler um livro é para o bom leitor conhecer a pessoa e o modo de pensar de alguém que lhe é estranho. É procurar compreendê-lo e, sempre que possível, fazer dele um amigo", escreveu Hermann Hesse.
Adoro isso. Talvez essa seja a parte mais interessante da leitura como um todo: conhecer e conversar com o autor; compreender o seu modo de pensar em cada linha, em cada verso, em cada parágrafo que se completa; identificar suas dores e desafios; descobrir, por meio de sua narrativa, o que o levou a chegar onde ele chegou e na história que ele dedicou-se a contar.
Acho que no fundo é pouco sobre isso.
Eu gosto de livros. Bastante.