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  • 23 de jan. de 2022
  • 2 min de leitura

“Os artistas invocam a Musa desde tempos imemoriais. E nisso há grande sabedoria. É um ato mágico nos despirmos de nossa arrogância humana e humildemente pedirmos a ajuda de uma fonte que não podemos ver, ouvir, tocar ou cheirar.”


O imperador romano Marco Aurélio também disse que, "com efeito, nada de humano realizarás bem sem que, simultaneamente, se relacione com o divino, tampouco o oposto".


Eu acredito muito nessa visão. Isso porque, em vários momentos, o trabalho foi um mistério para mim. Eu não sei bem como as coisas aconteceram, mas elas simplesmente aconteceram. E não só no trabalho, mas na vida em geral. No final, isso é o que importa, eu acho. Além disso, eu sempre me interessei pelo mistério.


Mas, voltando à leitura de Pressfield, na terceira parte de seu livro, Como superar seus limites internos: Aprenda a vencer seus bloqueios e suas batalhas interiores de criatividade, o autor aborda o Reino Superior e o que podemos aprender com as "forças psíquicas invisíveis que nos amparam na jornada rumo a nós mesmos". (Eu acho essa passagem tão linda!). Ele chamará essas forças de Musas e Anjos. E, para os mais céticos, que não se sentirem confortáveis com essa definição, ele sugere que pensem nelas como um "talento".


Mas como você pode se conectar com as musas e os anjos ou esse "talento" divino? Creio eu que cada pessoa encontrará a sua maneira de fazer isso. Uma delas poderá ser através de uma oração. Por exemplo, Pressfield conta que, toda manhã, antes de sentar-se para trabalhar, recita uma prece à musa, e que uma das coisas mais incríveis que aconteceram com ele, foi quando um sujeito chamado Paul Rink ensinou-o sua oração, a Invocação da Musa da Odisseia de Homero, na tradução de T. E. Lawrence. Veja a seguir:


“Ó Divina Poesia, deusa, filha de Zeus, entoa sem cessar para mim a canção do homem fértil em expedientes que, após destruir a mais protegida cidadela da sagrada Troia, errou penosamente pelas terras dos homens, conheceu seus costumes, bons e maus, enquanto seu coração, nessa peregrinação pelo mar, ardia na angústia de redimir-se e levar seus homens em segurança para casa. Esperança vã – para eles, os insensatos! Sua loucura os perdeu. Comeram as vacas do augusto Sol e esse deus os privou do regresso. Ó Musa, torna, em tudo, esse relato vivo para nós!”


Bem, hoje pela manhã, enquanto ouvia a canção Coffee de Beatrice Kristi Laus, também conhecida como Bea Kristi ou pelo nome artístico Beabadoobee, decidi datilógrafa-la em minha máquina de escrever. Espero recitá-la pelas manhãs, antes do trabalho. Assim como também espero que as musas sintam-se em casa por aqui.


  • 16 de jan. de 2022
  • 1 min de leitura

Alguns dias atrás fui impactado por um tweet da Maria Popova, que trazia as resoluções de ano novo de 1942 do jovem cantor e compositor americano Woody Guthrie. Eu simplesmente adorei lê-la. Como escreveu Maria Popova, a lista de Woody Guthrie "é uma jóia absoluta de humor, seriedade e humanidade pura". Ela me inspirou a criar minha própria lista de resoluções para esse ano de 2022. Aqui estão algumas coisas que decidi colocar no papel e espero que possam se concretizar:



1. Trabalhar mais e melhor.

2. Respeitar o horário de trabalho e o horário de descanso.

3. Comer bem, especialmente frutas, cereais e saladas.

4. Praticar exercícios todos os dias.

5. Escrever todos os dias.

6. Ler muitos livros bons.

7. Todos os dias ouvir uma musiquinha.

8. Todos os dias dizer algumas palavras razoáveis para alguém.

9. Manter-me aberto para aprender com as outras pessoas.

10. Manter a casa limpa.

11. Sonhar alto.

12. Economizar dinheiro.

13. Habitar o agora.

14. Caminhar para pensar.

15. "[...] Caminhar sob o solo fofo, pantanoso, e confiar no vazio que pode sempre vir a estar cheio do que é bom, belo e justo", como disse Gilberto Gil.

16. Conservar-me simples, bom, íntegro, digno, sem afetação, amante da justiça, devoto dos deuses, benevolente, terno com meus familiares, firme com referência à prática do que é decente, como sugeriu Marco Aurélio.

17. "[...] Empurrar a raça humana um milímetro para frente, em seu longo caminho de retorno a deus", como disse Steven Pressfield.

18. Procurar o fundo das coisas.

19. Amar e celebrar o amor.

20. Acordar e lutar.

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