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  • 25 de out. de 2024
  • 2 min de leitura

Imagem da capa de Mantra Concreto, assinada pelo designer Felipe Taborda.


Fiquei sabendo do novo álbum do Vitor Ramil, Mantra Concreto, através de um vídeo que Eduardo Bueno postou no Instagram.


Eu ouvi todas as músicas do álbum mais de uma vez nesta semana e adorei! O álbum é dedicado à poesia de Paulo Leminski.


Em uma entrevista para o programa Timeline, da Rádio Gaúcha, Vitor Ramil disse:


"Eu sempre vejo música na poesia do Paulo Leminski. Ele é muito musical para mim. Eu percebo um poema, às vezes, e eu me antecipo. (...) Eu percebo que posso musicar aquele poema."


Eu adoro essa ideia de ver música na poesia.


No livro Romancista como vocação, Haruki Murakami conta que gosta de escrever como se estivesse tocando música:


“Não sei tocar instrumentos musicais. Ou, pelo menos, não toco tão bem a ponto de poder me apresentar em público," escreve Murakami. "Mas tenho um forte desejo de fazer isso. Então, no começo, pensei: devo escrever como se estivesse tocando uma música.”


Isso me faz pensar que, de certa forma, alguns textos parecem ter sido escritos para que os cantemos.

Eles despertam em nós a vontade de usar as cordas vocais, além de nossas retinas.

Eles têm a duração exata de uma boa música.


Paulo Caruso disse que "a música é o desenho para cego".

Acho que, nesse caso, a poesia é a linguagem invisível da música.

E Vitor Ramil, com seu olhar sensível, sabe decifrar tudo isso como ninguém.


O single Amar Você, uma das músicas do novo álbum Mantra Concreto, ganhou um clipe com imagens de Leminski, cedidas pela família.



Além disso, um clipe do single Teu Vulto também foi publicado recentemente no YouTube, no dia 15 de outubro.



O novo álbum de Vitor Ramil, Mantra Concreto, é um convite para ouvir a poesia de Paulo Leminski de um jeito que nunca ouvimos antes.

  • 23 de jan. de 2022
  • 2 min de leitura

“Os artistas invocam a Musa desde tempos imemoriais. E nisso há grande sabedoria. É um ato mágico nos despirmos de nossa arrogância humana e humildemente pedirmos a ajuda de uma fonte que não podemos ver, ouvir, tocar ou cheirar.”


O imperador romano Marco Aurélio também disse que, "com efeito, nada de humano realizarás bem sem que, simultaneamente, se relacione com o divino, tampouco o oposto".


Eu acredito muito nessa visão. Isso porque, em vários momentos, o trabalho foi um mistério para mim. Eu não sei bem como as coisas aconteceram, mas elas simplesmente aconteceram. E não só no trabalho, mas na vida em geral. No final, isso é o que importa, eu acho. Além disso, eu sempre me interessei pelo mistério.


Mas, voltando à leitura de Pressfield, na terceira parte de seu livro, Como superar seus limites internos: Aprenda a vencer seus bloqueios e suas batalhas interiores de criatividade, o autor aborda o Reino Superior e o que podemos aprender com as "forças psíquicas invisíveis que nos amparam na jornada rumo a nós mesmos". (Eu acho essa passagem tão linda!). Ele chamará essas forças de Musas e Anjos. E, para os mais céticos, que não se sentirem confortáveis com essa definição, ele sugere que pensem nelas como um "talento".


Mas como você pode se conectar com as musas e os anjos ou esse "talento" divino? Creio eu que cada pessoa encontrará a sua maneira de fazer isso. Uma delas poderá ser através de uma oração. Por exemplo, Pressfield conta que, toda manhã, antes de sentar-se para trabalhar, recita uma prece à musa, e que uma das coisas mais incríveis que aconteceram com ele, foi quando um sujeito chamado Paul Rink ensinou-o sua oração, a Invocação da Musa da Odisseia de Homero, na tradução de T. E. Lawrence. Veja a seguir:


“Ó Divina Poesia, deusa, filha de Zeus, entoa sem cessar para mim a canção do homem fértil em expedientes que, após destruir a mais protegida cidadela da sagrada Troia, errou penosamente pelas terras dos homens, conheceu seus costumes, bons e maus, enquanto seu coração, nessa peregrinação pelo mar, ardia na angústia de redimir-se e levar seus homens em segurança para casa. Esperança vã – para eles, os insensatos! Sua loucura os perdeu. Comeram as vacas do augusto Sol e esse deus os privou do regresso. Ó Musa, torna, em tudo, esse relato vivo para nós!”


Bem, hoje pela manhã, enquanto ouvia a canção Coffee de Beatrice Kristi Laus, também conhecida como Bea Kristi ou pelo nome artístico Beabadoobee, decidi datilógrafa-la em minha máquina de escrever. Espero recitá-la pelas manhãs, antes do trabalho. Assim como também espero que as musas sintam-se em casa por aqui.


  • 2 de dez. de 2020
  • 1 min de leitura

Aqui estão três vibes que, na minha opinião, valem a pena serem cultivadas. São elas:


1. Sentar-se para ler um bom livro

Foto: Gilberto Gil lendo em sua linda cadeira Chaise Longue LC4.


2. Ficar em casa ouvindo música numa boa


3. Dançar sempre que possível



Dance sempre que possível.

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